segunda-feira, 29 de julho de 2024

O problema é o alemão. Aprender alemão não é pra quem quer; é pra quem pode.

O problema é o alemão. Aprender alemão não é pra quem quer; é pra quem pode. (Historia jaula dos Cangurus)

De fato, estou pra ver uma língua tão difícil como o alemão. Em línguas semelhantes ao português, como francês, o italiano e o espanhol, você facilmente se adapta às variações linguísticas e, por mais que tenha dificuldade em falar, entender o que as pessoas falam ou escrevem não chega a ser grande problema, se você tiver um conhecimento básico da língua e fizer um curso de imersão de uns 6 meses.

Agora, com o alemão, você pode passar uns 2 anos por lá que não vai adiantar nada. Você vai se sentir tão analfabeto quanto antes. A não ser que você já tenha um conhecimento profundo da língua

Mark Twain, a língua mais rápida do oeste, um dia resolveu visitar a Alemanha.  Espantando com a dificuldade da língua alemã, resolveu escrever um livro: The Awful German Language, algo como A Abominável Língua Alemã. Mark Twain admirava-se com o fato de que, em algumas construções frasais, você tinha que esperar o final da frase pra entender qual era o sentido do verbo no meio dela (Abfahren, por exemplo, quando conjugado, vira sujeito+fahren+objeto+ab).

Mark Twain gostava de dizer que preferia declinar 2 drinks a declinar um adjetivo em alemão. A conclusão dele não poderia ser outra: um estudante bem dedicado leva 30 horas para aprender inglês, 30 dias para francês e 30 anos para o alemão.

Isso me lembra um e-mail que circulou há bastante tempo. Exagerado, claro, mas dá uma ideia de como aprender alemão é difícil. Aí vai:

“A língua alemã é relativamente fácil. Todos aqueles que conhecem as línguas derivadas do latim e estão habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la rapidamente. Isso dizem os professores de alemão logo na primeira lição. Primeiro, pegamos um livro em alemão, neste caso magnífico volume, com capa dura, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão”Hottentotten”).

Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-las das intempéries. Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e quando possuem em seu interior um canguru, chamamos ao conjunto de “jaula coberta de tela com canguru “(Beutelrattenlattengitterkotter). Um dia, os Hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de haver matado a uma mãe (Mutter)  hotentotes (Hottentottermutter), mãe de um garoto surdo e mudo (Stottertrottel).  Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e a seu assassino chamamos, facilmente, Hottentottenstottertrottelmutterattentäter.

No livro, os índios o capturaram e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente, o preso escapou. Após iniciarem uma busca, rapidamente vem um guerreiro Hotentotes gritando:

– Capturamos um assassino (Attentäter)

– Qual?? – pergunta o chefe indígena

– O Lattengitterkotterbeutelrattenattentäter – comenta o guerreiro.

– Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? diz o chefe dos Hotentotes.

– Sim – responde a duras penas o indígena –

O Hottentottenstottertrottelmutterattentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo).

– Ah, demônios – diz o chefe – você poderia ter dito desde o início que havia capturado o

Beutelrattenlattengitterkotterhottentotterstottertrottelmutterattentäter

(assassino da mãe do garoto surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela).

 

Assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas.

Basta um pouco de interesse”. 

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